Scientology: O Caso Lisa Mc. Pherson

    A seita é suspeita depois da morte de uma cientologista

    Por Douglas Frantz, New York Times, 1 dec. 1997


     

    ADVERTÊNCIA: Não sou um tradutor profissional. Sou italiano que entende um pouco o português. Fiz o possível para traduzir corretamente. Peço desculpas pelas eventuais imprecisões na terminologia técnica e pelos involuntários abusos na gramática. A intenção é divulgar documentos que são importantes para uma correta informação sobre a Cientologia, informações que não se encontram na língua portuguesa. Serão muito bem vindas as correções das minhas faltas, as quais podem ser enviada via email.

    M. .Martinelli     

Assessoria à tradução: A. Maria De Florim



CLEARWATER, Flórida. – Numa tarde de um dia de novembro de 2 anos atrás, uma cientologista com 36 anos de nome Lisa Mc Pherson foi envolvida numa leve batida de carro. Não ficou machucada, mas inexplicavelmente tirou toda a roupa e começou a caminhar nua na rua. Na ambulância que estava levando-a para o hospital, o enfermeiro perguntou-lhe porque tirou a sua roupa. Lisa responde: "Estava procurando ajuda. Estava procurando ajuda."

Foi levada a um hospital para um controle psiquiátrico, mas apareceram diversos cientologistas explicando que a sua religião opõe-se à psiquiatria. Lisa pediu pra sair do hospital e, contra a opinião dos médicos, foi entregue aos cuidados dos cientologistas.

Após dezessete dias, depois de ter sido vigiada 24 horas por dia, Lisa morreu num hotel da Scientology em Clearwatar. De acordo com a versão da "igreja", tinha rejeitado a comida, batido com violência contra os muros do quarto e tinha sofrido alucinações. O médico legista do local disse que Lisa, nos últimos 5 –10 dias de sua vida, não tinha recebido uma quantidade suficiente de líquidos e tinha falecido por uma embolia causado pela séria desidratação.

Os representantes da igreja negaram qualquer responsabilidade na morte e contestaram o relato do médico legal. Mas a imagem de uma jovem empreendedora que, gozando de ótima saúde, cai na demência e morre no edifício do quartel geral mundial de uma das seitas mais faladas, reanimou as suspeitas.

Desde a transferência do quartel geral para Clearwater em 1975, a seita já adquiriu propriedade de 32 milhões de dólares, e seus 1.000 membros do staff encontram-se em cada canto de rua naquelas fardas pseudo-navais que chamam atenção. Funcionários do culto são gerentes de dezenas de empresas e adeptos do mundo inteiro chegam aqui para freqüentar cursos de alto nível que somente no quartel geral podem ser ministrados.

Apesar das tentativas de conquistar a opinião pública, a igreja da Scientologia não consegue ser bem aceita desde que chegou , de forma clandestina, há mais de 20 anos. Recentemente descobriu-se que a Scientology chegou aqui com a intenção de tomar o controle da cidade para poder sufocar qualquer crítica. Hoje, embora o projeto não tenha dado certo, é tão forte a suspeita que a polícia designou um encarregado para ficar controlando a organização, e os investigadores estão perto de concluir um inquérito de dois anos sobre o falecimento de Lisa Mc Pherson.

Uma análise da vida e da morte de Lisa, inclusive sobre os documentos da igreja e os apresentados pela sua família que fez queixa, oferecem um detalhado retrato do mundo cientologista. Mostra como cada pormenor da sua vida – trabalho, amizades, relacionamento com a família e até a escolha dos lugares para passar as férias – são influenciados pela igreja.

Mostra também os pedidos financeiros que Scientology exige aos seus adeptos, e o grande valor dado à igreja na decisão de 1993 pelo Internal Revenue Service (o departamento de impostos dos EUA – n.d.t.) ao reconhecer a isenção fiscal a Scientology.

De acordo com a documentação entregue ao New York Times pelos advogados da sua família, Lisa trabalhava numa empresa da Scientology e gastava a maioria do seu salário nos cursos da igreja, tanto que teve que pedir dinheiro emprestado para manter os estudos para a sua doutrina. Lisa conseguia deduzir dos impostos o dinheiro pago pelos cursos, mas ao receber o reembolso do governo federal, imediatamente ela o usava para comprar outros cursos. Desde que ganhou a isenção fiscal, Scientology fez uma campanha para persuadir seus adeptos a comprarem mais cursos e aproveitarem as deduções.

Durante 25 anos, o IRS considerou a Scientology uma empresa comercial e negou-se a reconhecer a isenção fiscal concedida às igrejas. A recusa foi confirmada em todos os graus de julgamento. Posteriormente a agência mudou a sua posição, após uma campanha da igreja na qual foram usados procedimentos legais e o emprego de detetives particulares para indagar sobre oficiais do IRS, e depois de um encontro entre os líderes da igreja e o Comissário da IRS.

A pressão econômica da Scientology sobre seus fiéis, é um dos motivos que levam os críticos do mundo inteiro a considera-la uma seita e uma máquina para extorquir dinheiro com fraudes danosas a seus adeptos, os quais gastam valores enormes para receber a sua "assistência". Essa é a razão pela qual a Alemanha recusa-se a reconhecer a Cientologia como uma religião.

Além dos problemas financeiros, as circunstâncias da morte de Lisa Mc Pherson induzem a considerar se as terapias médicas da igreja e sobretudo a falta, por motivos filosóficos, de tratamento psiquiátrico, foram a causa de seu falecimento.

Os representantes e advogados da igreja declaram que a morte foi imprevisível e causado por uma embolia não encontrado. Acusaram o Departamento da Polícia de vingar-se e disseram que a polícia não teria investigado sobre a morte de Lisa Mc Pherson se ela não fosse uma cientologista.

Usando a mesma atitude que levou Scientology a chocar-se com muitos governos no mundo, os representante da seita afirmaram que as moléstias contra os críticos da igreja terminaram faz tempo, e que Scientology deseja manter relacionamentos de boa vizinhança.

"O nosso objetivo é conseguir trabalhar com a comunidade nas suas atividades, ajudar a cidade e as pessoas da comunidade a viverem melhor." Declarou Ben Shaw, um diretor da Scientology. "Pensamos ter conseguido em diversos modos e com muitas pessoas".

Alguns ficam desconfiados, e as circunstâncias – as vezes obscuras – da morte de Lisa tonam maior a ansiedade.

" O falecimento de Lisa Mc Pherson confirma mais uma vez que a minha opinião de 20 anos atrás estava certa, e não aprendi ou vi nada que mostre que eles mudaram." Declarou a prefeita de Clearwater, Rita Garvey, a qual, no ano passado, foi eleita pela quarta vez contra um candidato apoiado pela Scientology. "Eles encontram-se aqui, mas eu não quero aceita-los e recuso-me a encontra-los."



Muita fé e substanciosas doações.

Em seu avançamento nos níveis da Scientology, com certeza Lisa deu à sua igreja mais de que o americano médio oferece às igrejas tradicionais. Nos seus últimos dois anos havia pago 97.000 dólares pelos cursos da Scientology com nomes esquisitos como "O Muro do Fogo" e "Rundown da Nova Vida". Ela gastava com os cursos 40% do que ganhava.

Com a sentença do IRS, Lisa teve a possibilidade de deduzir os pagamentos como doações de beneficência. Em 1994 os pagamentos de 55.767 dólares deram-lhe direito a uma restituição de 17.500 dólares, os quais foram usados na compra de outros cursos da Cientologia.

Representantes e advogados da Scientology declararam (ridiculamente – n.d.t.) que é possível progredir na igreja sem a necessidade de se gastar muito dinheiro e não acharam nada de estranho nas doações de Lisa.

"Ela tinha 36 anos, era cientologista há 13, e era dona do seu nariz" afirmou Laura L. Vaughan, uma dos 20 (vinte) advogados que a seita contratou para enfrentar o inquérito da polícia e a denúncia de responsabilidade na morte feita pela família da vitima. "Nossa, há uma multidão que dá um dinheiro enorme à igreja".

O relacionamento de Lisa com a seita ia muito além das doações. Como muitos outros cientologistas, ela fez da igreja a sua vida.

Era vendedora em uma pequena empresa que pertence a Cientologia, e que funciona de acordo com as teorias de gerência do fundador da seita, L. Ron Hubbard. A maioria dos colegas e dos amigos eram cientologistas e, quando enfim teve problemas com o trabalho, socorreu às técnicas usadas pela Cientologia para resolver o seu problema.

De acordo com a ideologia da seita sobre a reencarnação, Lisa teria assinado aquele que Cientologia chama um "contrato de um bilhão de anos" como membro da Sea Organization, o grupo de elite dos seus funcionários. Apesar de posteriormente ter-se demitido como funcionária, ela ficou sendo uma devota cientologista, e quando a sua vida começou a arruinar-se, ela abandonou as terapias médicas tradicionais e procurou abrigo na Cientologia.

"Para os seus membros mais envolvidos, Cientologia torna-se uma instituição totalitária" declara Stephen A. Kent, sociólogo da Universidade de Edmonton, Alberta, que fez um estudo sobre a seita. "A seita cuida de qualquer aspecto da vida e emprega tratamentos pseudo-médicos, desde o lazer a um inteiro sistema de justiça até um escopo de vida suprema".

Lisa era de Dallas, Colorado, e quando chegou em Clearwater para trabalhar numa das empresas da Scientology ela ganhava muito. Em 1994 numa carta a um tio ela disse que estava prosperando e conseguia alcançar os severos target que Cientologia impunha ao trabalho. Seu sucesso era tanto que ganhou 136.812 dólares.

Quanto a sua vida particular, estava consertando (depois de muito tempo) seu relacionamento com a mãe Fannie, que mora em Dallas. Num videotape de 31 de dezembro de 1994, Lisa está alegre e brinca com as primas enquanto preparam a festa de ano novo.

"Enfim Fannie teve de aceitar que para manter um bom relacionamento com a filha, era preciso ignorar o assunto Scientology, e assim o relacionamento era ótimo" lembra Dell Liebeich, uma tia de Lisa.

Apesar do ótimo dinheiro que ganhava, Lisa vivia modestamente. Morava com uma colega para dividir as despesas de 695 dólares com o aluguel e não tinha o costume de gastar muito em vestidos e etc. Mas empregava muito dinheiro na Scientology. Os documentos de contabilidade apresentados na ação iniciada pela família mostram que em 1994 tinha desembolsado 55.767 dólares e em 1995 tinha contribuído com US$ 41.924.



A queda no buraco

O último ano na vida de Lisa foi tumultuado. Na linguagem cientológica era um caso de "montanhas russas", ou seja: tinha momentos de excitação e alegria alternados por momentos de depressão (Síndrome maníaco-depressiva na terminologia médica – n.d.t.). Em junho de 1995 teve um colapso psíquico.

Para restabelecer-se, Lisa passou dois dias no Fort Harrison Hotel em Clearwater, o quartel geral da seita e o centro mais importante no mundo pela entrega de cursos e "assistência espiritual".

O dinheiro ganho com o trabalho tinha diminuído bastante e para pagar os cursos começou a pedir dinheiro emprestado à empresa onde trabalhava. Os recibos salariais da AMC mostram que em 1995 ela pediu 33.000 dólares emprestados e usou este dinheiro nos cursos da igreja.

Em setembro a situação pareceu melhorar e alcançou o estado de "Clear". As fotos da cerimônia feitas pelo reconhecimento oficial do seu estado mostram uma Lisa muito feliz, e mandou apaixonadas cartas de agradecimento aos amigos cientologistas.

Mas as "montanhas russas" apontavam para baixo. A tia conta que em outubro Lisa telefonou à mãe e chorando disse que tinha decepcionado seu grupo de trabalho.

Duas semanas depois ligou para Kelly Davies, uma amiga de infância, e disse que tinha intenção de voltar pra casa, no máximo até o Natal. Davies declarou em tribunal que ela entendeu que era intenção de Lisa abandonar a seita.

Também Liebreich declarou que a família inteira tinha entendido que a intenção de Lisa era de abandonar a seita. Os advogados da seita afirmam que não tinha intenção de afastar-se. Em vez de programar o Natal em Dallas, afirmam que Lisa tinha reservado um cruzeiro no Freewinds, o navio de propriedade da Scientology.



Nem na sua casa, nem no cruzeiro

Em 18 de novembro de 1995, ao por do sol, Lisa Mc Pherson estava dirigindo seu carro quando bateu num barco puxado por um outro carro que estava parado por uma causa de uma outra batida. Os danos foram insignificantes e os médicos que encontravam-se no lugar a socorreram e apuraram que ela não havia se machucado. Naquele momento, Lisa tirou toda sua roupa no meio da rua e foi andando. Bonita Ann Portolano, uma das médicas, ajudou-a a entrar na ambulância. Potolano afirma que Lisa resmungava que não precisava de um corpo para viver, e que tirou a roupa porque estava procurando ajuda.

Em outra oportunidade, Portolano afirmou em tribunal que avaliava em cerca de 75 Kg o peso de Lisa. "Era uma garota em plena forma, bonitona".

Foi levada ao hospital próximo onde chegaram sete cientologistas, dentre eles alguns senior. Lisa recusou tratamentos psiquiátricos e garantiu que não era sua intenção machucar-se, e no final, foi entregue aos cuidados de seus colegas cientologistas.

Apesar da Cientologia aceitar os tratamentos médicos, Lisa era fiel ao dogma da seita de recusar tratamentos psiquiátricos. A doutrina da igreja afirma que quando em 1954 o escritor de ficção científica Hubbard fundou Cientologia, os psiquiatras foram pagos pelo governo pra caluniar a igreja dizendo que era uma fraude. Em 1969 a seita criou o CCHR (Citizen Commission on Human Rights) o qual pretende denunciar os "abusos dos direitos humanos pela psiquiatria".

Em janeiro de 1974, Hubbard emitiu um documento que descreve o assim chamado "Introspection Rundown", para tratar de quem tivesse sofrido de um colapso nervoso. Afirmou que esta técnica "será reconhecida como uma das descobertas mais importantes do 20º século" e teria acabado com a psiquiatria.

A primeira coisa no Rundown é isolar o sujeito para proteger ele mesmo e os outros. Ninguém pode falar com o sujeito ou ouvi-lo, exceto o auditor (o terapeuta – n.d.t.) o qual deve localizar e corrigir os problemas que causaram o colapso nervoso.
 

 
De um quarto de hotel ao Pronto Socorro

Lisa Mc Pherson passou  seus últimos dias isolada no apartamento 174 no fundo do Fort Harrison Hotel. No início um advogado da seita descreveu para um jornalista local a estada de Lisa como um período de descanso e afirmou que ela não havia recebido tratamentos médicos.

Mas 33 páginas de diários escritas a mão contam uma história muito diferente. Os diários foram entregues no verão do ano passado (1996 – n.d.t.) depois de uma ordem judicial nas audiências preliminares de que trata o caso.

Redigidos pelos membros do staff que controlava Lisa 24 horas por dia, as notas descrevem claramente uma pessoa cuja condição mental está piorando rapidamente, com a saúde que começou a deteriorar-se muito antes da morte.

De acordo com os diários, logo nos primeiros dois dias de permanência Lisa vomitava os alimentos. No quarto dia estava seriamente debilitada e com febre. Com freqüência as notas descrevem-na como violenta, tentando bater em quem a vigiava e nas paredes. Urinava na roupa e tinha alucinações nas quais achava que era Hubbard. Apesar dos advogados afirmarem que Lisa estava livre para sair a vontade, um dos diários conta que uma vez ela tentou fugir. Entretanto, afirma um dos advogados, a Sra. Vaughan, não tinha a capacidade de cuidar de si mesma.

Dentre as pessoas que cuidaram de Lisa, há a Dra. Janis Johnson, do departamento médico da seita. A Dra. Johnson não está licenciada para exercer na Flórida, e em 1993 pactuou restrições sobre sua patente no Arizona depois que dois hospitais terem censurado sua maneira de prescrever remédios.

No dia 1 de dezembro 1995, a Dra. Johnson subministrou a Lisa soníferos que precisavam de receita médica, e mandou por escrito que quando ela acordasse tinha que tomar dois litros de líquidos.

Kennan Dandar, o advogado da família Mc Pherson, disse que dois litros são uma grande quantidade, e isso mostra claramente como a seita reparou que a condição de Lisa era séria e que precisava de tratamento médico. "Tinham que leva-la imediatamente ao hospital, ao invés de a manterem ali até a morte".

Notas de 2 e 3 dezembro, indicam que Lisa conseguiu tomar um pouco de líquido e às vezes estava consciente. Os representante da seita afirmam que não conseguiram encontrar as páginas dos últimos 2 dias.

Na noite do dia 5 a condição de Lisa piorou até que a Dra. Johnson procurou ajuda fora da seita. As 19:00 horas telefonou para um cientologista que trabalha como médico no pronto socorro do hospital de New Port Richey, Flórida, cerca de 45 minutos de Clearwater, onde Lisa foi levada pela Johnson e um outro staff da seita, embora outros quatros hospitais encontravam-se mais perto.

Ao chegar, como mostram os documentos legais do hospital, Lisa estava com paralisia cardíaca. Depois de 20 minutos de tentativa para reanima-la, foi declarada morta.

"Estava magra, suja, ninguém cuidou dela" disse a enfermeira que participou da tentativa de reanimação.
No relato da autópsia aprende-se que Lisa tinha 1.75 de altura e pesava 54 Kg. Estava arranhada e com hematomas nos braços e nas mãos. A causa da morte foi um trombo-embolia da artéria pulmonar esquerda causado por uma grave desidratação e decúbito. Como de rotina, a polícia abriu um inquérito.

Em janeiro a Dra. Joan Wood, médica legal do município, declarou que a autópsia mostrava que Lisa não havia tomado líquidos suficientes nos últimos 5 – 10 dias antes de morrer, talvez durante um tempo ainda maior. Declarou que Lisa desmaiou 24 – 48 horas antes de morrer, e que as marcas nos braços eram mordidas de baratas. "Foi o caso mais grave de desidratação que vi na minha vida".

A seita assumiu seus próprios médicos. Os advogados principais que tratam deste caso penal, a Sra. Vaughan e Lee Fugaste, declararam numa entrevista que os seus peritos não concordam com a Dra. Wood. Os doutores da igreja, afirmam, estabeleceram que a morte de Lisa não tem relação com a sua permanência no Fort Harrison Hotel, mas os advogados recusaram-se a dizer os nomes destes experts.


Douglas Frantz, New York Times



«É uma descoberta que será reconhecida como uma das mais importantes do 20° seculo.     […]     ISTO SIGNIFICA QUE FOI-SE O ULTIMO MOTIVO PARA A PSIQUIATRIA EXISTIR.»

(L. Ron Hubbard, HCO Bulletin 23 janeiro 1974 "The Technical Breakthrough of 1973! The Introspection RD" (A desconerta tecnica de 1973! O Rundown da introspecçào))



De acordo com o relato do médico legista e a autópsia, Lisa

  • deu golpes com os punhos nas paredes

  • ficou sem água de 5 a 10 dias, talvez por todos os 17 dias

  • tinha mordidas de baratas nas mãos

  • tinha equimoses no corpo inteiro por ter-se jogado contra as paredes ou por ter sido bloqueada por alguém

  • tinha marcas nos pulsos que recordam aquelas deixadas pelos laços usados para amarrar os prisioneiros NVA

  • não foi alimentada por dias, talvez mais

  • não tinha dormido

  • seu pulmão esquerdo estava completamente esgotado pelo coágulo de sangre que a matou.








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